Malas Chiques: O comer e o coçar vai do começar #2

Há dias que não deviam existir. Devia ser possível saltá-los, fingir de conta que não aconteceram ou, idealmente, apagá-los. Domingo foi um dia assim e Segunda-feira avizinhava-se igual. Dormi mal e pouco as duas noites, pelo meio uma viagem, muito cansaço, e a Selecção de todos nós que me deixou (mais uma vez) de coração apertado. Mas depois quando a bola de neve parece que teima em aumentar há sempre algo que nos diz "tem cuidado!" e, de repente, o trilho muda. Enfim, tanta conversa para dizer que há momentos que nos resgatam e há comidas que nos preenchem a alma. No caso, há pessoas que me salvam sempre naqueles dias que não deviam existir e há restaurantes que aparecem como se já estivesse escrito.

El Tomate

É lá para os lados do Princípe Real. Como fica mesmo ao lado de um restaurante de sushi podia ter passado despercebido (sabem quase todos por aqui que sushi é uma das minhas perdições), mas a minha companhia não é tão fã da especialidade japonesa. Portanto (ainda bem) que avançámos mais um bocadinho. O El Tomate tem cerca de seis mesas e dá para, no máximo, sentar 20 pessoas. No entanto, quem entra não tem de se conhecer para sentar junto. A par das mesas para dois, mais comuns no restaurante, tem duas mesas de seis onde senta quem quer. Foi o que fizemos depois de perceber que a mesa de dois não era suficiente para tudo o que pedimos. No El Tomate vive-se o espírito de partilhar, é assim com as mesas como puderam ver, e é ainda mais com a comida. Tapas, sandes, saladas e mais que não experimentámos mas que já pusemos na lista do "A fazer". Vejam as fotografias. Dá para transmitir um bocadinho daquilo que foi o nosso jantar. Melhor, só mesmo provando.

Li há dias num artigo do Público que a comida une as pessoas. Acho que mesmo sem o verbalizar, já o sabia. Agora, tenho a certeza!