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quarta-feira, 12 de março de 2014

Perdidos e (não) achados

Sabem aquelas qualidades/características que gostávamos de ter mas não temos? Aquela invejazinha sem maldade. Eu tenho uma dessas: das pessoas organizadas e que nunca perdem nada. Quem me dera. Eu juro que pensei que isto ia melhorar com a idade (e a minha querida mãe também, coitada), mas não. Eu não sei onde fica o buraco para onde as minhas coisas vão, mas deve ter uma dimensão próxima à de um buraco negro. Há pessoas que nunca tiveram um cartão de cidadão, eu já vou no terceiro. No trabalho, perco, no mínimo, 3 canetas por dia. E quando ando à procura daquela peça de roupa que queria mesmo vestir, é precisamente a que sumiu das gavetas. E telemóveis? Os moradores do buraco podem abrir uma loja. Eu acho que o Universo deve querer ficar com algumas coisas e pensa "quem é que iria reagir melhor e sem grandes dramas?". E depois acontece-me a mim, que nesses momentos afasto a tristeza e penso "bem, alguém há-de estar muito feliz neste momento com o meu telemóvel, paciência". Vai daí, estive a pensar e decidi que talvez se investisse num telemóvel melhor, me tornasse mais responsável. (Muitos vão pensar que devia comprar algum mais fraco para não correr riscos, mas na minha cabeça faz mais sentido assim). E comprei-o. Incha, Universo, não desisti.
 É do meu novo e lindo telemóvel que vos escrevo hoje, pela primeira vez. A primeira de muitas. E juro que desta não o perco. Estou confiante. (Vá, fiz um seguro, não vá o Universo precisar de um novo).


S.

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