Diz-se que para sonhar ainda não se pagam impostos. Eu cá
não concordo. Mais ou menos dois anos depois, volto a iniciar um estágio
curricular. Tudo bem que este é só durante uma semana para experimentar.
Primeiro a rádio, depois a edição, digital e informação. E no final quando for
a valer até é remunerado (pouquito, mas já é qualquer coisa). O facto é que
estou outra vez metida num estágio curricular. Primeiro conhecem-se as pessoas,
tenta entrar-se no ambiente, experimentam-se os programas e percebe-se mais ou
menos como tudo funciona. No segundo dia já é a valer. E tudo de uma forma
curricular. Quando o pessoal já está ambientado, vai embora e venham os
próximos. Mas isso são outras conversas! Enfim, cá estou eu a começar um novo
estágio curricular. E amanhã é a doer que é logo às 7 da matina.
Se continuo nestas andanças, é porque posso. Mas não me
venham dizer que os sonhos não se pagam. Porque pagam-se e pagam-se caro. Para
já, tenho a sorte de ter uma estrutura familiar que me vai financiando os meus
sonhos. E que sorte a minha! Não quero dizer com isto que ando aí a saltar de
estágio em estágio, alegre e contente, à espera que uma oportunidade me caia do
céu. Pelo contrário. Porque se os sonhos se pagam com dinheiro, também se pagam
com muito trabalho. Muito esforço, perseverança e determinação, mas sobretudo,
com muito trabalho. Os sonhos pagam-se caro. E eu que o diga, amanhã é as 7 da
matina (acho que até já tinha dito isto, mas é que me está realmente a
perturbar). Lá irei eu, qual bela adormecida, levantar-me sem me queixar, sair
de casa com um sorriso no rosto, andar no metro bem-disposta e chegar ao
estágio como se fosse o primeiro dia das férias de Verão. Vou fazer o que gosto
e correr atrás dos meus sonhos. Estou a pagá-los caro, mas está a valer a pena.
Laura
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