Eu adoro ser o ratinho da cidade. Gosto da
confusão e do stress das grandes urbes. Gosto de shoppings cheios de
gente, passeios com pessoas a correr de um lado para o outro, metros de minuto
a minuto com dezenas de pessoas a entrar e sair. Gosto de poder jantar às
21h00, à 01h00 ou às 04h00, se for o caso. E gosto de poder jantar português,
indiano ou japonês sem sair do mesmo sítio. Gosto da sensação de segurança que
é ter dois ou três hospitais ali ao lado e um aeroporto à mão de semear. E da
comodidade que me oferecem as dezenas de hipermercados que existem à minha
volta. E gosto, sobretudo, do mar, que mais o Porto me oferece quase ao virar
da esquina. E há tanto que dizer de uma cidade, de uma grande cidade, que
escrever sobre isso é tarefa inglória para um post.
Mas, quando preciso de
pensar, respirar e equilibrar energias é para a aldeia que fujo. Não há como os
cheiros, os sons e as cores da minha aldeia. Não há pessoas como as de lá. Não
há tranquilidade, em lado nenhum, como a que sinto, quando estou a chegar a
Carrazedo de Bucos, ali para os lados de Vieira do Minho. Sou uma pessoa mais
completa por ter as raízes que tenho de lá e por fazer parte daquela tradição.
Sou um ratinho da cidade, mas de tempos a tempos, faço questão de ser o
ratinho do campo. Volto dali uma pessoa melhor.
Sem qualquer filtro.
L.
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