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domingo, 16 de março de 2014

O ratinho da cidade e o ratinho do campo


Eu adoro ser o ratinho da cidade. Gosto da confusão e do stress das grandes urbes. Gosto de shoppings cheios de gente, passeios com pessoas a correr de um lado para o outro, metros de minuto a minuto com dezenas de pessoas a entrar e sair. Gosto de poder jantar às 21h00, à 01h00 ou às 04h00, se for o caso. E gosto de poder jantar português, indiano ou japonês sem sair do mesmo sítio. Gosto da sensação de segurança que é ter dois ou três hospitais ali ao lado e um aeroporto à mão de semear. E da comodidade que me oferecem as dezenas de hipermercados que existem à minha volta. E gosto, sobretudo, do mar, que mais o Porto me oferece quase ao virar da esquina. E há tanto que dizer de uma cidade, de uma grande cidade, que escrever sobre isso é tarefa inglória para um post. 
Mas, quando preciso de pensar, respirar e equilibrar energias é para a aldeia que fujo. Não há como os cheiros, os sons e as cores da minha aldeia. Não há pessoas como as de lá. Não há tranquilidade, em lado nenhum, como a que sinto, quando estou a chegar a Carrazedo de Bucos, ali para os lados de Vieira do Minho. Sou uma pessoa mais completa por ter as raízes que tenho de lá e por fazer parte daquela tradição. Sou um ratinho da cidade, mas de tempos a tempos, faço questão de ser o ratinho do campo. Volto dali uma pessoa melhor.




Sem qualquer filtro.
L. 

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