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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Última noite...

Hoje é a última noite que durmo neste quarto! Se há razões para ficar triste? Claro que não... Vou-me mudar para um apartamento melhor, com uma companhia que adoro, no sítio que sempre quis. Mas é sempre este problema que tenho com as despedidas que me parte o coração... E isto é só um quarto! Mas é também o quarto onde dormiu a minha melhor amiga quando se tornou mestre, onde dormiu a minha prima quando eu ainda chorava por ter de vir para Lisboa, onde dormiu (entre tantas outras vezes) a minha outra melhor amiga quando eu estava cheia de febre e precisava de alguém que tomasse conta de mim, onde dormiu a minha futura companheira de casa, seja nas noites em que chegávamos quase de manhã ou naquelas em que só nos queríamos deitar cedo. Foi a partir deste quarto que conheci Lisboa e que a tornei também minha. E, mesmo depois da infiltração de água, da infestação de formigas, do calor insuportável, já só consigo recordar o que de bom ele me trouxe. Ou então, esteja só a canalizar emoções e o deixar este quarto seja a ponta do iceberg. Termino, também assim, mais um ciclo. Entrego-me às despedidas outra vez, mesmo sem as fazer. E é sempre este problema que tenho com as despedidas que me parte o coração... 

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