Nos últimos dias, as páginas do facebook “Vi-te” estão a
tornar-se grande moda na rede social. É uma nova forma de reencontrar alguém
que, de alguma forma, chamou a atenção numa viagem, numa passagem, numa troca
de olhares. No comboio, no metro, no autocarro, no ISCTE (porque me é mais
familiar), no Sardinha Biba (porque lhe achei piada!). Eu gosto destas páginas.
Ou pelo menos da ideia em que se baseiam (como em tudo, depende do uso que lhe
dão). Nunca me aconteceu (o meu “Vi-te” foi mais à porta da escola...) mas acho
bonito que uma pessoa que se “apaixone” à primeira vista num de qualquer destes
sítios possa, depois, encontrar essa outra pessoa. Ainda sou daquelas que
acreditam em finais felizes. Não posso achar estas páginas ridículas, como ouço
por aí. Ridículo é não escrever cartas de amor e nunca ter visto o filme
“Titanic”. Ridículo é tentar definir sentimentos, analisar os seus prós e
contras e esperar que a Fátima Campos Ferreira indique qual a decisão mais
favorável. Ridículo, digo eu, é ler “Os Maias” por obrigação e nunca ter ouvido
falar de Shakespeare. Ridículo é nunca ter falado baixinho ao ouvido, não
passear de mãos dadas e não saber receber. E que é feito do medo, do sonho, do
risco e da loucura? Devem ser, como disse uma vez a Madonna, apenas palavras
bonitas ditas antes de uma ejaculação. Eu cá, prefiro ser ridícula, pelo menos até
que soem as doze badaladas.
Laura
Laura
Vi-te no Comboio |
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