Páginas

domingo, 23 de março de 2014

Uma história de amor ?

Sobre o "Her"... Diziam que era um filme incompreendido pelos Óscares. Eu acho que é um filme incompreensível. Porque eu ainda tenho esperança na Humanidade. E, mesmo, com toda esta invasão tecnológica, somos ainda a excepção. Somos ainda os que agem com base nos afectos. Os que precisam de um abraço para consolar uma tristeza, de um aperto de mão para selar acordos e de um beijo que nos acelere o coração e nos encolha o estômago.  Talvez este post faça mais sentido para quem viu o filme, mas basicamente a personagem principal da história, o Theodore, depois de um desgosto amoroso, apaixona-se pelo Sistema Operativo criado com inteligência artificial, mas que não passa disso mesmo, um Sistema Operativo. O resto da história fica para quem o viu o filme ou deseja vê-lo, que se há coisas que eu não gosto é que me contem o fim, mas o essencial é isto. E é assustador, no mínimo. Impensável, para mim. O que me chocou depois de ter visto o filme e ter falado com algumas pessoas sobre o mesmo é que existem algumas que acham que realmente caminhamos para essa realidade. Pior, defendem que isto pode um dia vir a ser normal.

Eu até posso ser da geração que nunca escreveu uma carta de amor (mentira que as escrevi a magotes) ou que manda um SMS em vez de dizer olhos nos olhos. Mas serei sempre da geração que precisa de estar, de sentir e de ver. Talvez não fosse capaz de viver sem máquinas. Mas, de certeza absoluta, não era capaz de viver sem pessoas.




Theodore numa conversa romântica com o Sistema Operativo



L.




Sem comentários:

Enviar um comentário