Há qualquer coisa de muito contraditório nisto de
estabelecer rotinas. Não consigo estar sempre de acordo com elas, mas também
não me imagino a viver sem ter uma. Ter horas para acordar, para fazer as
refeições, para ir para as aulas, para trabalhar, para ir ao ginásio, para me
deitar novamente. Faz-me falta. Só consigo levar a minha dieta à risca quando
estou subjugada a uma rotina. Só consigo
dormir direito quando tenho a agenda toda delineada para o dia a seguir. E só
consigo obrigar-me a fazer o treininho diário quando tenho apenas duas horas
livres para o fazer. Se não fossem as rotinas, como poderíamos fugir a elas?
Como poderíamos dizer: estou farto desta rotina, preciso de uma mudança, de uma
paragem, ou seja do que for que me vire a vida do avesso nem que seja por
algumas horas? É necessário o habitual para que haja o extraordinário. E eu estou
de volta ao habitual, pelo menos durante uns dias. Custa, claro, mas depois até
sabe bem. Lá está, há qualquer coisa de muito contraditório nisto de
estabelecer rotinas...
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