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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Voltar à rotina


Há qualquer coisa de muito contraditório nisto de estabelecer rotinas. Não consigo estar sempre de acordo com elas, mas também não me imagino a viver sem ter uma. Ter horas para acordar, para fazer as refeições, para ir para as aulas, para trabalhar, para ir ao ginásio, para me deitar novamente. Faz-me falta. Só consigo levar a minha dieta à risca quando estou  subjugada a uma rotina. Só consigo dormir direito quando tenho a agenda toda delineada para o dia a seguir. E só consigo obrigar-me a fazer o treininho diário quando tenho apenas duas horas livres para o fazer. Se não fossem as rotinas, como poderíamos fugir a elas? Como poderíamos dizer: estou farto desta rotina, preciso de uma mudança, de uma paragem, ou seja do que for que me vire a vida do avesso nem que seja por algumas horas? É necessário o habitual para que haja o extraordinário. E eu estou de volta ao habitual, pelo menos durante uns dias. Custa, claro, mas depois até sabe bem. Lá está, há qualquer coisa de muito contraditório nisto de estabelecer rotinas...

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